sexta-feira, 28 de agosto de 2015

ROCK VALLEY - PUMPKIN ALE


Sobre a cervejaria: O site da cervejaria se encontra fora do ar e o perfil no Facebook apresenta informações bem sucintas. O que conseguimos informar é que trata-se de uma microcervejaria fundada em 2010, localizada na cidade de Nova Friburgo - RJ, que utiliza métodos artesanais em suas produções, aproximando seu mestre cervejeiro de suas receitas, o que torna suas cervejas verdadeiramente especiais.

Sobre a Rock Valley Pumpkin Ale: Além dos ingredientes básicos (água, malte, lúpulo e levedura), essa Pumpkin Ale tem adição de pedaços de abóboras assadas, malte de trigo e especiarias como cravo, gengibre, canela e noz moscada. Alguns anos atrás, a Rock Valley Pumpkin Ale entrou em uma lista elaborada pelo site MSN Viagem, como uma das 15 cervejas mais estranhas do planeta.

Nossa opinião: Essa curiosíssima cerveja possui uma coloração bem âmbar e turva, com espuma alta formação e permanência. No aroma se destacam notas de abóbora, cravo e herbais, sendo que no sabor, com moderado dulçor e leve amargor, sobressai a abóbora e o cravo, com notas de malte e especiarias, as quais não foram possíveis de distinguir isoladamente. O final é adocicado, levemente seco e com bom drinkability, merecendo destacar que o sabor e o aroma te remetem imediatamente ao curioso rótulo desta Pumpkin Ale. Realmente exótica!

Pontuação Karina: 3,5
Pontuação Vitor: 3,5

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

AMAZON BEER - WITBIER TAPEREBÁ



Sobre a cervejaria: Já fizemos resenha sobre outro rótulo da Amazon Beer, então se quiser saber um pouco mais sobre essa cervejaria é só clicar aqui.


O que a cervejaria diz sobre essa Witbier: “Cerveja de origem belga que leva trigo em sua composição. Diferente da cervejas de trigo alemãs por seu caráter condimentado e cítrico. Witbier extremamente aromática pela adição de taperebá (fruta também conhecida como cajá), equilibrada e refrescante. (4,7%)”


O que nós achamos da cerveja: A coloração é bem típica das witbiers,ou seja, amarela e turva. O aroma é bem presente porém suave e cítrico. Quanto ao sabor, o cajá (ou taperebá) é perceptível e o cítrico permanece como esperado. Achamos essa witbier harmonizada e refrescante com aroma agradável e  uma boa drinkability, mas esperávamos uma surpresa maior, como sempre se espera nas combinações exoticamente nacionais da Amazon Beer. Mesmo assim, a cervejaria continua ganhando pontos conosco por valorizar nossos sabores!


Pontuação Vitor: 3,5

Pontuação Karina: 3,5

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

SIERRA NEVADA - PALE ALE



Olá queridos amigos e leitores!
O Malte Sport Club tirou alguns dias de férias nas ultimas semanas, mas já voltamos lotados de novidades resenhas para compartilhar com vocês! Então não deixem de acompanhar nosso Blog/ Facebook e Instagram. 
E como não poderia ser diferente, voltamos falando de uma cerveja TOP.


Sobre a cervejaria: Em 1970, Ken Grossman aprendeu sobre fabricação caseira de cerveja com o pai de um amigo próximo e ali já começou a sua paixão.
Em 1976 Ken entrou no ramo cervejeiro mas não ainda com uma cervejaria e sim com uma loja para insumos para cervejeiros caseiro em Chico, Califórnia. Foi apenas em 1979 que Ken começou a fazer planos para abrir uma cervejaria de pequeno porte também em Chico. O nome da cervejaria ele tirou pensando no que mais o agradava quando caminhava pelas montanhas da região e por isso o nome Sierra Nevada.
Finalmente em 1980 a Sierra Nevada estava pronta para iniciar a su produção. A primeira cerveja produzida n a fábrica foi uma American Stout e deste dia em diante a receita dessa Stout sofreu muito poucas alterações.
No ano de 1987 Ken começa a construir uma nova sede em Chico que até hoje é o lar de cervejaria.

O que a cervejaria diz sobre a Sierra Nevada Pale Ale:  A Pale Ale começou como o sonho de um cervejeiro caseiro e acabou se transformando em um ícone, e inspirou incontáveis fabricantes de cerveja a também  seguir essa paixão. Seu aroma único do uso de pinheiros e toranja, adquiridos através  do aproveitamento total  dos lúpulos americanos, têm fascinado os bebedores de cerveja ao longo de décadas e fez esta cerveja um clássico, sem deixar de ser novo, complexo e surpreendente para milhares de bebedores de cerveja todos os dias.
ABV:  5,6%
IBU: 38%
Lúpulo de Amargor:  Magnum, Perle
Lupulo finalizador: Cascade
Maltes:  Two-row Pale, Caramel
Vai bem com: Grelhados, saladas, Thai Curry e legumes assados.

Nossa opinião sobre a Sierra Nevada Pale Ale:  Cerveja de coloração acobreada e levemente turva, com espuma de boa formação, agradavelmente cremosa e de media/alta permanência. O seu 
aroma é maltado, levemente doce, com notas florais cítricas oriundas do lúpulo. No equilibrado sabor se nota o dulçor do malte, com o amargor presente do lúpulo, com final levemente seco, agradável e excelente drinkability e combinações agradabilíssimas.

Nota Vitor:  5,0
Nota Karina: 5,0




quinta-feira, 6 de agosto de 2015

SPEAKEASY ALE & LAGERS - BIG DADDY IPA




Sobre a cervejaria: A cervejaria Speakeasy Ales & Lagers foi fundada em 1997, na cidade de São Francisco, nos EUA. Suas cervejas são ousadas, desde os rótulos (inspirados na década de 1920) ao conteúdo, com sabores e aromas impactantes, além do teor alcoólico elevado. A cervejaria iniciou sua produção com 4 funcionários e fazendo entregas diretamente aos consumidores. Atualmente, possui cerca de 40 colaboradores e 30 distribuidores na costa oeste dos EUA.
Amantes do underground, estão instalados numa área da cidade conhecida como Butchertown, onde operam um brewpub (bar/cervejaria). Lá é possível degustar lançamentos exclusivos e edições limitadas da cervejaria. Além de excelentes cervejas, seus rótulos são cheios de personalidade e sua comunicação visual impecável. As garrafas trazem os “olhinhos” de seu logo estampados no gargalo e as versões de 650ml tem as artes silkadas diretamente no vidro.


O que a Speakeasy Ales & Lagers diz sobre a Big Daddy IPA: "Big Daddy IPA é o prazer de um hop-head, uma India Pale Ale estilo americano com generoso dry-hopping, mas surpreendentemente drinkability. Derramada em um copo de cerveja padrão americano, a cerveja possui uma cor palha dourada, com carbonatação apertada e uma espuma ligeiramente off-white que deixa um lindo laço. O aroma é floral, erva fresca, pinheiro, grapefruit, e um algumas notas sutis de pão fresco.

Stilo – American India Pale Ale

ABV – 6.5% ABV

IBU – 60 IBU

Malte –  Two Row Pale, Light Munich

Lúpulos – Columbus, Cascade, Centennial

Disponibilidade – Durante todo o ano


Formatos – Draft, 12oz. & 22oz. garrafas".


Nossa opinião: A  Big Daddy IPA é um excelente exemplo de uma India Pale Ale que equilibra perfeitamente o malte e o lúpulo. Possui uma coloração dourada acobreada, com espuma de boa formação, cremosa e de baixa permanência. No aroma são bem perceptíveis as notas cítricas, herbais e de malte. Sua entrada na boca mostra o dulçor do malte, seguido rapidamente do clássico e viciante amargor do lúpulo, deixando um final bem seco e amargo, mas com ótimo drinkability. Com certeza a Big Daddy IPA é perfeita para comemorar este IPA DAY!

Pontuação Vitor 4,5

Pontuação Karina 4,5


Obs.: Como já informado em um dos primeiros posts do Malte Sport Club, o custo benefício é um dos requisitos da nossa avaliação. Por tal motivo, a Big Daddy IPA não recebeu a nota máxima, 5 (cinco), pois, o seu valor de compra é um pouco elevado e o sabor apesar de muito bom não consideramos que mereceu nota total considerando o alto custo aqui no Brasil.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

NOVA LINHA DE CERVEJAS BOHEMIA - BELA ROSA, CAÁ-YARI E JABUTIPA

O forte crescimento no setor de cervejas especiais (ou artesanais, chame como quiser), acabou por despertar o interesse das grandes empresas cervejeiras pelo mundo, em especial a AB InBev, nascida da fusão da empresa brasileira Ambev com a belga Interbrew.
Só no último ano, a AB InBev adquiriu duas das principais cervejarias brasileiras que atuavam neste ramo de cervejas especiais, a mineira Wäls e a paulista Colorado, esta última um ícone e modelo que era respeitado por todos os cervejeiros do país, sendo que agora muitos deles temem o que pode ocorrer com os produtos da mesma e o impacto que isso pode causar no setor.
Já não fosse o bastante, a Cervejaria Bohemia, à qual pertence a AB InBev, decidiu lançar três novos rótulos inspiradas nessa linha de cervejas especiais, demonstrando, ainda mais, o interesse que a gigante companhia cervejeira, a qual detém 14% do mercado mundial de cervejas, vem despertando sobre este setor e sobre os consumidores que não vêem essa bebida como mais um dos produtos na prateleira do supermercado.
Os três novos rótulos da Cervejaria Bohemia, quais sejam, a Witbier Bela Rosa, a Belgian Blond Ale Caá-Yari e a IPA Jabutipa, possuem em sua fórmula ingredientes tradicionalmente brasileiros, a pimenta-rosa, a erva mate e a jabuticaba.
Este trio, quando anunciado pela cervejaria, causou expectativa e discussões antecipadas entre os apreciadores de cervejas tupiniquins, discussões essas que se acirraram ainda mais após o lançamento da trinca.
Poucos gostaram, muitos odiaram, muitos se influenciaram antes de experimentar, enfim, a polêmica foi grande acerca da qualidade dessas novidades lançadas pela Cervejaria Bohemia.
Passado um pouco dessa confusão, o Malte Sport Club, propositalmente, resolveu experimentar essas três polêmicas cervejas, buscando dar uma opinião, se possível, imparcial e fora da discussão que se formou nos meses passados, para que nosso objetivo continue sendo mantido, qual seja, falar de cerveja de forma simples e descomplicada, como bons consumidores do produto e para bons consumidores do mesmo.



Sobre a cervejaria: A cervejaria foi fundada em 1853, pelo colono alemão Henrique Kremer, na cidade de Petrópolis, interior do estado do Rio de Janeiro. Quando Henrique Kremer faleceu em 1865, a empresa ficou com os seus herdeiros, que a rebatizaram de Augusto Kremer & Cia.
Na época de sua fundação, a cervejaria preservava as características das cervejas alemãs da época, com uma produção inicial de seis mil garrafas por mês. O produto era distribuído através de charretes, carros puxados por animais etc., e as vendas eram feitas diretamente. Mais tarde, as vendas passaram a ser feitas através de revendedores da região de Petrópolis, no Rio de Janeiro.
Com o passar do tempo, as características amargas e fortes das cervejas alemãs foram sendo alteradas, para entrar em conformidade com o mercado da época e com as marcas concorrentes, ou seja, se abrasileirando, e o sabor ficou mais leve e menos amargo, chegando ao ponto de como é vendida atualmente.
Posteriormente, a empresa mudou de nome para Imperial Fábrica de Cerveja Nacional, sendo que em 1898, a filha de um dos sócios da cervejaria, que era casada com Herique Kremer Jr., o neto do fundador da empresa, criaram a Companhia Cervejaria Bohemia.
Em 1960 a empresa foi comprada pela Companhia Antarctica Paulista, com produção na época de dez mil dúzias por mês. No ano de 2000, a Companhia Antarctica Paulista fundiu-se com a Brahma, formando a AmBev, hoje, AB InBev, conforme já explicado.
Pesquisas efetuadas no Arquivo Nacional e Biblioteca Nacional, assim como anotações existentes em bibliografias de reportagens da imprensa da cidade de Petrópolis, desde o ano de 1859 até hoje, apontam a Bohemia como a primeira fábrica e consequentemente a primeira marca de cerveja no Brasil, e a única a ser ainda produzida.


BELA ROSA - WITBIER



O que a Bohemia diz sobre a Bela Rosa: "Nossa relação com a cerveja tem mais de 160 anos.
Já estava na hora de colocarmos algo a mais! Por isso pegamos a Witbier dos belgas e demos um toque mais brasileiro.
Se o estilo criou cervejas de trigo mais leves, com casca de laranja e coentro, agora ficou mais refrescante com a nossa pimenta-rosa.
Essa é a Bela Rosa, uma cerveja cítrica, aromática e tentadora''.

Nossa avaliação: A Witbier Bela Rosa possui uma coloração amarela turva, com aroma de laranja, coentro e pimenta rosa, sendo que tais aromas se mostram um pouco artificiais. No sabor se nota bem o limão, que também está inserido na produção, com notas de laranja e coentro, mas, novamente, de forma artificial. Nota-se que essa cerveja é bastante gaseificada, inclusive, em alguns momentos, chegando a lembrar um refrigerante.

Pontuação Vitor: 2,0
Pontuação Karina:1,5


CAÁ-YARI - BELGIAN BLOND ALE



O que a Bohemia diz sobre a Caá-Yari: ''Se aqui as pilsen fazem sucesso, na Bélgica quem manda são as Belgian Blond Ale, um estilo de cerveja levemente adocicada e encorpada. Para dar um toque da Cervejaria Bohemia nessa história e uma pegada mais brasileira, a Caá-Yari recebeu o nome da deusa dos ervais e o leve amargor da erva-mate, criando uma cerveja aromática, equilibrada e surpreendente''.

Nossa avaliação: Essa Blond Ale possui coloração acobreada, aroma adocicado de malte, o qual se repete no sabor enjoativamente doce e, novamente, artificial de erva mate. A Espuma é de boa formação e média permanecia. Talvez a pior das três.

Pontuação Karina: 1,5
Pontuação Vitor: 1,5


JABUTIPA - INDIA PALE ALE



O que a Bohemia diz sobre a Jabutipa: "O papo é meio doido, mas a combinação surpreende. Tudo porque os ingleses resolveram levar uma cerveja estilo Pale Ale para a Índia, colocando mais lúpulo pra receita aguentar a viagem. Assim surgiram as India Pale Ale, receitas caprichadas no amargor que a gente resolveu equilibrar com o adocicado e a suavidade da nossa jabuticaba.
Essa é a Jabutipa, uma cerveja intensa, encorpada e geniosa."

Nossa avaliação: A Jabutipa tem coloração acobreada, límpida, com espuma de boa formação e baixa permanência. No aroma se destacam notas carameladas de malte, com um leve cítrico de jabuticaba bem ao fundo, o que se repete no sabor, entretanto, nessa IPA também se nota um sabor levemente artificial ao fundo, o que prejudicou severamente todas essas três novidades da Bohemia. Apesar dos pesares, podemos dizer que a Jabutipa é a melhor das três

Pontuação Karina: 2,0
Pontuação Vitor: 2,5

Enfim, provamos, como consumidores e apreciadores de uma boa cerveja, e não aprovamos os novos rótulos lançados pela Cervejaria Bohemia. Qual a verdadeira intenção da gigante AB InBev em lançar rótulos desta natureza e comprar algumas cervejarias artesanais brasileiras? Bom, isso não sabemos ainda, só o tempo dirá, mas o Malte Sport Club está com a pulga atrás da orelha...